O dedo em gatilho é um problema que pode ocorrer em homens e mulheres na faixa dos 50 a 60 anos, cuja condição faz com que o dedo “trave” em uma determinada posição.
Por consequência, esse problema pode afetar algumas atividades simples do dia a dia, uma vez que o movimento se torna reduzido.
Além disso, há pacientes que são mais propensos a ter, o que torna necessário redobrar a atenção, exigindo uma avaliação ortopédica minuciosa o quanto antes.
Uma pesquisa publicada no Journal of Hand Surgery mostrou que o dedo em gatilho afeta cerca de 2% da população geral, com maior incidência em mulheres e pessoas com diabetes.
Como ainda existem muitas dúvidas sobre os fatores de risco e qual é o momento correto de buscar um médico para tratar o problema, a equipe do COE Ortopedia preparou esse artigo abordando todas essas questões!
O que é dedo em gatilho?
O dedo em gatilho, tenossinovite estenosante ou dedo engatilhado, como também pode ser chamado, é que um tipo de inflamação no tendão que é responsável por dobrar o dedo.
Então, quando um paciente tem esse problema, ocorre o travamento do dedo, ouseja, o dedo fica dobrado sempre na mesma posição.
E, se porventura o paciente tentar abrir, isso pode causar uma dor intensa na palma da mão, e ainda pode ocasionar a formação de um nódulo na base do dedo.
Nesse caso, pode ocorrer um estalido, bem parecido com o som de um gatilho, ao fechar ou abrir o dedo em questão.
No entanto, a boa notícia é que, na maior parte das vezes, o tratamento costuma ter como base alguns exercícios fisioterápicos. Apenas os casos mais graves requerem a cirurgia.
Quais são os principais sintomas do dedo engatilhado?
Na grande maioria das vezes é o dedo polegar que mais sofre, porém, a inflamação pode ocorrer em qualquer um dos dedos.
Mas, independente de qual dedo é afetado por essa condição, os sintomas são sempre os mesmos. Sendo eles:
- Dor na base dos dedos;
- Dor na palma da mão;
- Inchaço;
- Estalido doloroso ao dobrar o dedo;
- Endurecimento;
- Limitação de movimentos.
Esses são os principais sintomas, mas é interessante citar que durante a noite o inchaço pode ficar ainda mais visível.
Agora, à medida que o tempo passa e caso o paciente não receba o devido tratamento, pode ocorrer o travamento do dedo na posição, afetando significantemente a sua qualidade de vida.
Como acontece?
Os tendões flexores dos dedos passam por um tipo de túnel, o qual faz com que ele se mantenha próximo das falanges.
No entanto, a formação desse túnel é por polias, sendo que a primeira se chama “polia A1”. É essa fricção do tendão com a polia que causa o espessamento dos dois.
Por consequência, dificulta a livre passagem do tendão enquanto se faz o movimento do dedo. Quando o paciente tem dedo em gatilho, a principal alteração é justamente na polia.
Quais são as causas de dedo engatilhado?
A principal causa é o movimento repetitivo das mãos. Sendo assim, pessoas que fazem esportes que exigem muito dos dedos, ou mesmo pessoas que têm um trabalho manual, correm mais riscos.
Fora isso, ele é mais comum em indivíduos que apresentam algum problema reumático que pode afetar a articulação, como no caso da diabete descompensada.
Contudo, há algumas doenças infecciosas que, sem o devido tratamento, também podem tornar a pessoa mais suscetível, já que o microrganismo pode chegar na corrente sanguínea e ocasionar em inflamação da articulação.
Vale mencionar aqui o dedo em gatilho congênito, identificado logo após o nascimento. Nesse caso, o problema tem ligação com o desenvolvimento ósseo da criança.
Por consequência, o dedo pode se tornar mais suscetível a ter uma deformidade na articulação, bem como a presença de um nódulo na região.
A cirurgia é uma alternativa apenas quando a criança já completou pelo menos 1 ano e, antes disso, o paciente deve fazer fisioterapia e massagem.
Como é o tratamento?
Na verdade, o tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas, sendo que apenas o ortopedista é capaz de avaliar a situação.
Entretanto, nos casos mais leves, o médico pode indicar a fisioterapia, onde se faz massagens com intuito de fortalecer os músculos responsáveis por esticar as mãos e os dedos, além de manter a mobilidade e aliviar a dor e o inchaço.
Mas, além da cirurgia, o médico ainda pode recomendar outros tratamentos, como:
- Fazer repouso de 7 a 10 dias, evitando atividades repetitivas que precisam de esforço;
- Usar uma tala durante algumas semanas para manter o dedo esticado;
- Aplicar compressas quentes ou calor local;
- Uso de gelo por 5 a 8 minutos no local, a fim de aliviar o inchaço;
- Passar pomadas anti-inflamatórias.
Agora, nos casos mais graves, onde a dor é intensa, acaba que a fisioterapia não é algo possível, e ortopedista pode decidir por aplicar injeção de cortisona direto no nódulo.
Quando a cirurgia é necessária?
A cirurgia se torna necessária apenas quando as demais formas de tratamento não estejam surtindo os efeitos esperados.
O procedimento consiste em um corte pequeno na palma da mão, o que vai permitir com que o médico alargue ou libere a porção inicial da bainha do tendão.
Na maior parte das vezes, a cirurgia é feita com anestesia geral, por mais que seja um procedimento simples.
Mas, dependendo do paciente, a anestesia local é realizada. Em relação a recuperação, ela é bem rápida, uma vez que o paciente pode voltar a fazer atividades leves com a mão em 1 a 2 semanas, mais ou menos.
Conclusão
O dedo em gatilho é uma condição que afeta os tendões dos dedos, causando dor e limitação de movimento. Essa condição ocorre quando o tendão que controla o movimento do dedo fica inflamado ou inchado, dificultando sua passagem através da bainha que o envolve.
Apesar de incômodo, o dedo engatilhado geralmente tem bom prognóstico com tratamento adequado. A maioria dos casos responde bem a abordagens conservadoras, permitindo que as pessoas retomem suas atividades normais sem dor ou limitação.
Ainda que seja um problema relativamente simples de resolver, é indispensável ter auxílio de um profissional capacitado, até mesmo para indicar a melhor forma de tratar o seu caso.
Em vista disso, o COE se torna uma excelente alternativa, uma vez que você tem à disposição os melhores médicos ortopedistas especialistas em diversas áreas, inclusive para as mãos.