Ácido hialurônico no ombro: quando usar e como aplicar

O termo ácido hialurônico no ombro aparece com frequência nas buscas de quem sente dor para levantar o braço, vestir uma camisa ou treinar.

A infiltração bem indicada pode reduzir sintomas, melhorar a função e dar fôlego à reabilitação, sem recorrer à cirurgia em muitos casos.

Mecanismo de ação do ácido hialurônico no ombro

O ácido hialurônico é um componente natural do líquido sinovial. No ombro, atua em duas frentes: mecânica e biológica.

Efeito mecânico

• Aumenta a viscosidade do líquido sinovial.
• Melhora a lubrificação e reduz o atrito entre as superfícies.
• Facilita o deslizamento dos tendões e da cabeça umeral.

Efeito biológico

• Regula mediadores da inflamação.
• Age como antioxidante.
• Estimula as células a produzirem matriz, como colágeno e proteoglicanos.

A infiltração no ombro com ácido hialurônico ajuda a deixar o ambiente articular menos inflamado e mais estável. Com isso, a fisioterapia tende a render melhor e a dor costuma cair para níveis mais toleráveis.

Quando indicar

A indicação é clínica e individual. Os cenários mais comuns incluem:

• Artrose glenoumeral em estágios iniciais a moderados.
• Tendinopatias do manguito rotador com dor persistente.
• Bursite subacromial com falha de medidas conservadoras.
• Rgidez dolorosa pós-imobilização.
• Dor que impede avanço na fisioterapia.

O ácido hialurônico no ombro é útil para quem não pode operar por comorbidades ou prefere postergar a cirurgia.

Em roturas completas e retraídas, a infiltração pode aliviar a dor, porém, não recompõe o tendão rompido. Nessas situações, serve de ponte para treinar a escápula e o manguito remanescente.

Tipos de produtos e como escolher

Os produtos variam em peso molecular, concentração e grau de reticulação.

Em geral, pesos moleculares mais altos permanecem mais tempo na articulação e tendem a oferecer analgesia mais duradoura.

Para dor com foco articular, prioriza-se aplicação intra-articular. Para dor predominantemente bursal ou tendínea, usa-se via subacromial ou peritendínea, com formulações adequadas a tecidos moles.

A seleção do ácido hialurônico no ombro considera objetivo clínico, local de aplicação e histórico do paciente. Em alguns protocolos, associa-se anestésico local, sempre com critério.

Passo a passo da infiltração guiada

O procedimento é ambulatorial. Segue uma rotina de assepsia rigorosa e anestesia local.

A punção é realizada com agulha adequada, preferencialmente com guia por ultrassom para confirmar o ponto alvo e melhorar a precisão.

Após a infiltração, coloca-se curativo simples e o paciente recebe orientações de cuidado.

Quanto tempo dura o efeito e quantas sessões são necessárias

A resposta é variável. Em artrose e desgaste articular, o benefício costuma durar de 6 a 12 meses. Em tendinopatias com dor reativa, a melhora pode ocorrer em semanas, especialmente quando a reabilitação acompanha o cuidado.

São comuns esquemas de 1 a 3 aplicações, com intervalos definidos pelo quadro clínico e pelo tipo de produto.

Mesmo com boa resposta ao ácido hialurônico no ombro, manter exercícios para escápula, manguito e postura evita recaídas. O ganho funcional depende da combinação infiltração mais fisioterapia.

Riscos, efeitos colaterais e contraindicações

Eventos adversos são incomuns e, quando presentes, costumam ser leves.

Podem ocorrer dor transitória no local, sensação de peso, pequeno hematoma e aumento discreto de calor nas primeiras 48 horas.

Complicações como infecção são raras quando se respeita técnica estéril.

Contraindicações absolutas incluem infecção ativa, ferida na pele do local da punção, artrite séptica prévia, coagulopatia importante e alergia aos componentes.

O uso racional do ácido hialurônico no ombro envolve triagem de risco, ajuste de medicações em uso e discussão franca sobre expectativas.

Cuidados antes e depois da infiltração

• Antes: leve resultados de exames, informe alergias e anticoagulantes. Faça uma refeição leve e use roupa que permita acesso ao ombro.
• Depois: evite carga e treino intenso por 48 horas. Use gelo por 10 a 15 minutos, duas a três vezes ao dia, se houver desconforto. Retome a fisioterapia conforme orientação, iniciando com mobilidade e controle escapular e avançando para fortalecimento progressivo.

Se você se enquadra em algumas das condições listadas acima e ainda tem dúvidas se vale a pena fazer a aplicação de ácido hialurônico, agende uma consulta no COE Ortopedia Goiânia e converse com nossos especialistas!

Perguntas frequentes

O ácido hialurônico no ombro dói para aplicar?

A maioria relata apenas pressão ou ardor leve, já que há anestesia local. O desconforto costuma ceder em poucas horas, com retorno às atividades leves no dia seguinte.

Quantas aplicações são necessárias?

Depende do diagnóstico e do produto. Protocolos variam de dose única a três sessões. O médico define o intervalo ideal conforme a resposta clínica.

Quando posso voltar a treinar?

Em geral, atividades do dia a dia em 24 a 48 horas. Treino de força acima da cabeça pede liberação individual, muitas vezes após alguns dias, respeitando dor e técnica.

O ácido hialurônico no ombro substitui cirurgia?

Em artrose leve a moderada e tendinopatias, pode evitar cirurgia. Em roturas completas extensas, atua como controle de dor e suporte à reabilitação, sem reparar o tendão rompido.

Qual a diferença para PRP e outras terapias biológicas?

O ácido hialurônico tem foco na lubrificação e na modulação inflamatória. O PRP leva fatores de crescimento. Em alguns casos, associações são consideradas conforme o objetivo do tratamento.

Quem não deve fazer a infiltração?

Pessoas com infecção ativa, ferida no trajeto da agulha, alergia aos componentes, coagulopatia importante ou artrite séptica prévia. Em gestantes, a avaliação é individual.