BMAC na ortopedia usa um concentrado celular preparado da medula óssea do próprio paciente.
Esse concentrado carrega mensageiros químicos que modulam a inflamação, acionam a regeneração e sustentam o reparo de cartilagem, osso, tendões e músculos.
A meta é aproveitar o que o próprio organismo produz para aliviar a dor e devolver função, com respaldo técnico.
O que é BMAC na ortopedia
O BMAC (Bone Marrow Aspirate Concentrate) reúne células mesenquimais, plaquetas e fatores bioativos obtidos da medula óssea pélvica.
O concentrado é preparado no mesmo ato e aplicado no alvo terapêutico.
No contexto de BMAC na ortopedia, o objetivo é oferecer um impulso biológico em condições que não respondem bem a medidas convencionais.
Como o BMAC atua no organismo
O concentrado libera mediadores que diminuem a inflamação, recrutam células de reparo e favorecem a síntese de matriz em cartilagem, osso e tecidos moles.
O efeito esperado inclui menos dor, melhor função e ambiente local mais propício à cicatrização. Em BMAC na ortopedia, essa modulação biológica pode adiar cirurgias em casos selecionados.
Passo a passo do procedimento
- Aspiração (crista ilíaca posterior): anestesia local, punção com agulha própria e coleta em múltiplos pontos para amostra celular rica.
- Concentração (centrifugação): separação por densidade para remover glóbulos vermelhos e concentrar a fração celular ativa.
- Aplicação guiada (ultrassom ou fluoroscopia): injeção no foco da lesão para precisão e melhor dispersão do material.
Todo o processo costuma levar de 60 a 90 minutos. O BMAC na ortopedia é realizado em regime ambulatorial, com alta no mesmo dia na maioria dos casos.
Quando considerar BMAC
- Osteoartrite de joelho e quadril em estágios leve a moderado, com dor persistente.
- Lesões condrais focais e defeitos osteocondrais.
- Tendinopatias e lesões ligamentares refratárias à reabilitação.
- Fraturas com retardo de consolidação e não união.
- Necrose avascular em fases iniciais.
A indicação é individual, onde o perfil do paciente, a imagem do local e a resposta a tratamentos prévios orientam a decisão.
Benefícios esperados
- Redução de dor e inflamação.
- Melhora funcional nas atividades do dia a dia.
- Potencial de acelerar cicatrização e apoiar regeneração tecidual.
- Baixo risco imunológico por ser material autólogo.
- Possibilidade de adiar procedimentos mais invasivos em casos selecionados.
Riscos, segurança e recuperação
Eventos adversos são incomuns, mas podem incluir dor transitória na pelve, hematoma e infecção nos sítios de coleta ou aplicação, porém, técnica estéril e imagem guiada reduzem esses riscos.
O retorno às atividades leves ocorre em poucos dias, com progressão conforme orientação do time de reabilitação.
Preparo do paciente e pós-procedimento
- Antes: ajuste de anti-inflamatórios conforme orientação médica, jejum curto quando indicado e organização do transporte no dia do procedimento.
- Depois: gelo intermitente nas primeiras 48 horas, carga e movimento graduais, início de fisioterapia focada em controle de dor, mobilidade e fortalecimento.
- Acompanhamento: reavaliações clínicas, imagem quando necessário e ajustes finos no plano de exercícios.
Quem não deve fazer BMAC
- Infecção ativa sistêmica ou no local-alvo.
- Doenças hematológicas descompensadas.
- Uso de anticoagulantes sem possibilidade de ajuste.
- Neoplasias em atividade sem liberação da equipe oncológica.
- Gravidez quando a coleta e a aplicação não são essenciais.
Quando surgem os resultados
O efeito anti-inflamatório costuma aparecer nas primeiras semanas. Ganhos de função e desempenho podem evoluir ao longo de 3 a 6 meses.
O cronograma depende da lesão, do condicionamento e da adesão à reabilitação.
Caso tenha ficado alguma dúvida sobre as indicações de BMAC na ortopedia, agende uma consulta no COE Ortopedia e converse com nossos especialistas.
FAQs
O BMAC dói?
A coleta pode gerar desconforto leve na pelve por poucos dias. Analgesia simples e gelo costumam resolver.
Quantas sessões são necessárias?
Geralmente uma aplicação. Em situações específicas, o médico pode sugerir novas sessões de acordo com a resposta clínica.
BMAC na ortopedia substitui cirurgia?
Não. É uma opção para reduzir sintomas e apoiar reparo. Em alguns casos, pode adiar procedimentos mais invasivos.
É preciso repouso absoluto?
Não. O retorno é progressivo. Caminhadas curtas e atividades leves são liberadas cedo, seguindo orientação de reabilitação.
O convênio cobre o BMAC?
A cobertura varia. Muitos planos classificam a técnica como terapêutica biológica específica. Verifique a política do seu convênio.
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