As células mesenquimais de gordura no pé e tornozelo são uma opção biológica para dor crônica, lesões de cartilagem, tendões e fáscia.
A proposta é usar células obtidas do tecido adiposo para modular inflamação, favorecer reparo e apoiar a função articular.
Este guia mostra quando considerar, como funciona o procedimento e o que esperar de resultados e riscos.
O que são células mesenquimais de gordura
As células mesenquimais de gordura, também chamadas de MSCs derivadas do tecido adiposo, vivem no chamado estroma vascular.
Em laboratório ou em preparo à beira do leito, esse material pode concentrar uma fração rica em células com potencial de comunicação celular e suporte ao reparo.
No contexto clínico, o foco não é “virar cartilagem do zero”, e sim criar um ambiente mais favorável para que o tecido lesionado se recupere.
Como atuam no pé e tornozelo
No pé e tornozelo, as células mesenquimais de gordura agem por três frentes:
- Sinalizam a resolução da inflamação.
- Liberam fatores que estimulam células locais.
- Preenchem microdefeitos quando combinadas a scaffolds.
Em tendões, ajudam a regular a dor e a remodelação de colágeno. Em lesões osteocondrais do tálus, podem integrar protocolos de reparo junto de técnicas como microperfurações e membranas.
Indicações de células mesenquimais de gordura no pé e tornozelo
As situações abaixo ilustram quando discutir células mesenquimais de gordura no pé e tornozelo com o especialista:
- Lesões osteocondrais do tálus com dor persistente após fisioterapia bem conduzida.
- Osteoartrite do tornozelo com limitação funcional e falha de infiltrações convencionais.
- Fascite plantar crônica resistente a reabilitação guiada.
- Tendinopatia do Aquiles, peroneais ou tibial posterior com recidivas.
- Hallux rigidus com dor mecânica e edema recorrente.
- Pós-trauma com sinovite e edema ósseo persistente sob controle clínico.
Passo a passo do procedimento
- Avaliação: confirmação diagnóstica com exame físico, imagem e critérios de gravidade.
- Coleta: pequena lipoaspiração em região abdominal ou flancos, sob anestesia local.
- Processamento: preparo do concentrado celular em sistema fechado para reduzir contaminação.
- Aplicação: infiltração guiada por ultrassom ou radioscopia no ponto da lesão.
- Reabilitação: protocolo progressivo de carga, mobilidade e fortalecimento específico do pé e tornozelo.
O que esperar de resultados
Pacientes bem selecionados costumam notar redução de dor entre 4 e 8 semanas, com ganhos funcionais mais claros entre 3 e 6 meses.
Em lesões osteocondrais, a resposta tende a ser melhor quando células mesenquimais de gordura são combinadas a técnicas de reparo e a um plano de fisioterapia estruturado.
Em tendinopatias, a melhora vem com ajuste de carga e exercícios excêntricos supervisionados.
Riscos, efeitos adversos e contraindicações
Eventos mais comuns incluem dor transitória no local da coleta e da aplicação, hematomas e edema. Infecção é rara quando há técnica estéril rigorosa.
Contraindicações
- Infecção ativa.
- Descompensação metabólica importante.
- Uso recente de anticoagulantes sem manejo adequado.
- Tabagismo pesado sem adesão à reabilitação.
O procedimento não substitui medidas de base como controle de peso e fortalecimento.
Candidatos ideais e quando adiar
Indicado para quem falhou em tratamento conservador bem executado por tempo suficiente e ainda apresenta dor limitante.
Casos com destruição articular avançada, instabilidade grave não corrigida ou deformidades rígidas podem exigir outras abordagens.
Planejamento conjunto com ortopedista do pé e tornozelo e fisioterapeuta aumenta a chance de bons desfechos.
No COE Ortopedia Goiânia, você conta com um time de especialistas em medicina regenerativa, prontos para dar todas as orientações e propor os melhores tratamentos.
FAQs
Funciona para lesão osteocondral do tálus?
É uma das indicações com melhor racional biológico quando associada a técnicas de reparo e reabilitação guiada. A seleção do tamanho e da profundidade da lesão orienta a estratégia.
Ajuda na fascite plantar crônica?
Pode ser considerada após reabilitação bem conduzida, palmilhas e controle de carga. A infiltração guiada e o plano de exercícios são decisivos para o resultado.
Em quanto tempo volto a correr?
Em quadros leves a moderados, a progressão costuma iniciar entre 6 e 12 semanas, conforme dor, força e controle de impacto. O retorno pleno depende do caso.
Existe atendimento online para avaliação inicial?
A triagem pode ser feita em teleconsulta para revisar exames e planejar passos. A confirmação diagnóstica e o procedimento exigem avaliação presencial.
Há especialistas em Goiânia realizando o procedimento?
Centros de ortopedia do pé e tornozelo em Goiânia oferecem terapias biológicas. A experiência da equipe e a integração com fisioterapia pesam na escolha.
Qual a diferença para PRP?
O PRP entrega fatores de crescimento por curto período. As células mesenquimais de gordura fornecem células de suporte e sinais por mais tempo, com proposta distinta.
Substitui cirurgia?
Em alguns casos adia procedimentos mais invasivos. Em deformidades estruturais ou artrose avançada, outras soluções podem ser mais adequadas.
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