Lesões e dor persistente podem limitar cada passo. O uso de células-tronco no pé e tornozelo surge como alternativa para casos selecionados, com foco em reduzir a inflamação, estimular o reparo e preservar a função.
O objetivo é devolver a mobilidade com um procedimento minimamente invasivo e um plano de reabilitação bem estruturado.
Quando considerar células-tronco no pé e tornozelo
A indicação costuma aparecer quando a dor resiste à fisioterapia, palmilhas, controle de carga e infiltrações convencionais.
Situações frequentes incluem:
- Lesões cartilaginosas do tálus.
- Artrose inicial do tornozelo.
- Tendinopatia do Aquiles.
- Fasciopatia plantar crônica.
- Lesões ligamentares com instabilidade leve a moderada.
Em cenários assim, células-tronco no pé e tornozelo podem ajudar a modular a inflamação e favorecer a cicatrização tecidual.
Como a terapia age no tornozelo e no pé
As células mesenquimais liberam fatores bioativos que reduzem mediadores inflamatórios, estimulam células locais e favorecem a deposição de matriz.
Parte do efeito vem da comunicação por sinais químicos, parte do contato direto com o tecido-alvo.
Em lesões de cartilagem, a meta é formar tecido reparador de melhor qualidade e aliviar a dor com ganho funcional.
Fontes de células, preparo e qualidade
As fontes mais usadas são a medula óssea, com obtenção do aspirado e possível concentração (BMAC), e o tecido adiposo, com preparo em microfat ou nanofat.
A escolha considera tipo de lesão, volume necessário e logística do serviço.
Um protocolo padronizado de coleta, processamento e aplicação melhora a previsibilidade e a segurança.
Procedimento passo a passo
- Avaliação: anamnese, exame físico, análise de imagem e definição de metas.
- Coleta: medula da pelve ou lipoaspiração leve.
- Processamento: concentração ou emulsificação conforme a técnica.
- Aplicação: guiada por ultrassom ou radioscopia no ponto da lesão.
- Pós-procedimento: controle de carga, fisioterapia e progressão de esforços de forma gradual.
Resultados e prazos
Grande parte dos pacientes relata alívio entre a 2ª e a 12ª semana, com evolução contínua nos meses seguintes.
A resposta depende de idade, tempo de lesão, alinhamento, força muscular e adesão ao plano de reabilitação.
O objetivo é reduzir a dor, ampliar a amplitude de movimento e melhorar o retorno a atividades, sem promessas de cura imediata.
Riscos, limites e contraindicações
Complicações são incomuns, mas podem incluir dor transitória, hematoma, infecção e resposta inflamatória local.
Não é indicado em infecção ativa, neoplasias específicas, doença autoimune sem controle e artrose muito avançada com colapso articular.
Células-tronco no pé e tornozelo não substituem correções essenciais como realinhamento ou reparos estruturais quando necessários.
Reabilitação e retorno às atividades
O plano inclui controle de carga por alguns dias, exercícios isométricos precoces, progressão para fortalecimento de panturrilha e estabilizadores, treino proprioceptivo e ajuste de calçados e palmilhas.
Atividades de impacto retornam por fases, de acordo com a dor, força e controle motor. O acompanhamento pode seguir por até seis meses.
Caso tenha ficado alguma dúvida sobre o procedimento em si ou as indicações, agende uma consulta no COE Ortopedia Goiânia e converse com nossos especialistas.
Perguntas frequentes (FAQs)
Células-tronco no pé e tornozelo funcionam na fasciopatia plantar crônica?
Podem ajudar quando alongamentos, palmilhas e infiltrações falharam. A meta é reduzir dor e melhorar a espessura e a qualidade do tecido ao longo de semanas.
Quanto tempo leva para sentir melhora?
Os sinais costumam aparecer entre 2 e 12 semanas, com avanço gradual. O ritmo depende do tipo de lesão e do plano de reabilitação.
Qual a diferença entre BMAC e gordura processada?
O BMAC concentra células da medula óssea e fatores de crescimento. O microfat e o nanofat derivam do tecido adiposo, com perfis diferentes de suporte tecidual e bioatividade.
A terapia substitui cirurgia de tornozelo?
Em lesões estruturais extensas a cirurgia segue indicada. A terapia celular pode atuar como complemento em protocolos combinados para dor e função.
Quais são os principais riscos?
Eventos adversos incluem dor local temporária, hematoma e infecção. A seleção adequada do paciente reduz riscos e melhora a previsibilidade do resultado.
Quantas aplicações são necessárias?
Na maioria dos casos uma aplicação é suficiente, com reavaliação clínica e por imagem. Casos crônicos podem exigir protocolos em etapas.
Quem não deve fazer o procedimento?
Pessoas com infecção ativa, algumas neoplasias, doenças autoimunes sem controle e artrose muito avançada não são boas candidatas.
- Células-tronco no pé e tornozelo: como funciona e indicações - setembro 7, 2025
- Ácido hialurônico no pé e tornozelo: indicações e cuidados - agosto 27, 2025
- PRP no pé e tornozelo: guia prático para dor e lesões - agosto 25, 2025