A patela do joelho deslocada é uma condição dolorosa e limitante que afeta pessoas de diversas idades, principalmente adolescentes e adultos jovens.
De acordo com a equipe médica focada em tratamento de patela deslocada do COE Ortopedia, essa lesão ocorre quando a rótula, o pequeno osso localizado na parte frontal do joelho, sai da sua posição normal no sulco troclear do fêmur.
Embora possa parecer uma lesão simples, o deslocamento da patela representa um problema significativo, com impactos substanciais na qualidade de vida e nas atividades diárias dos afetados, podendo inclusive levar a complicações a longo prazo se não tratada adequadamente.
Neste texto, você vai entender o que é patela do joelho deslocada patelar, quais são suas principais causas e fatores de risco, os sintomas mais comuns e como é feito o diagnóstico.
Também vamos abordar os tratamentos disponíveis, as formas de prevenção e os cuidados importantes durante a reabilitação.
Essas informações são essenciais para quem já passou por esse tipo de lesão ou busca formas de evitar novos episódios
O Que é Deslocamento da Patela?
A luxação da patela ocorre quando a rótula se desloca completamente para fora do seu trilho natural no joelho.
Em termos médicos, esta condição é classificada em dois tipos principais: a primo luxação (primeiro episódio) e a luxação recidivante (episódios recorrentes). Na maioria dos casos, a patela desloca-se lateralmente, causando deformidade visível e intensa dor.
O mecanismo mais comum para este deslocamento é a flexão do joelho combinada com rotação interna do corpo com o pé fixado no solo.
Frequentemente, isso acontece durante movimentos de frenagem, como ao descer ladeiras, realizar dribles no futebol ou aterrissagens em atividades como dança.
Epidemiologia e Estatísticas
A incidência da patela do joelho deslocada varia consideravelmente entre diferentes estudos e populações. Pesquisas recentes revelam números significativos:
- A incidência geral varia de 2,29 a 32,38 por 100.000 pessoas-ano, dependendo da população estudada.
- Representa aproximadamente 2% a 3% de todas as lesões do joelho.
- Em adolescentes, pode representar até 9-16% das lesões agudas do joelho com hemartrose.
- A taxa de recorrência após o primeiro episódio é alarmante: entre 15% e 60%.
- Após uma primeira luxação, 44% a 70% dos pacientes experimentarão um novo episódio.
Estudos epidemiológicos mostram que o pico de incidência ocorre entre 14 e 18 anos de idade, com taxas que chegam a 147,7 por 100.000 pessoas-ano nessa faixa etária.
Causas e Fatores de Risco da Patela do Joelho Deslocada
Múltiplos fatores podem contribuir para o deslocamento da patela. Entender esses fatores é fundamental para diagnóstico, tratamento e prevenção adequados.
Fatores Anatômicos
A predisposição anatômica desempenha um papel relevante no desenvolvimento desta condição:
- Patela alta: Quando o tendão patelar é mais comprido, posicionando a patela mais acima, o que reduz seu encaixe no sulco femoral durante a flexão inicial do joelho.
- Tróclea rasa ou displasia troclear: O sulco onde a patela se encaixa pode ser mais raso que o normal, completamente plano ou até convexo.
- Aumento do ângulo Q: Este ângulo formado pela direção da tração do quadríceps e do tendão patelar, quando aumentado, favorece o deslocamento lateral da patela.
- Joelho valgo (em “X”): Alteração no alinhamento do joelho que predispõe ao deslocamento.
Fatores Demográficos
Certos grupos populacionais apresentam maior risco:
- Adolescentes entre 15-19 anos têm a maior incidência.
- Estudos recentes mostram incidência similar entre homens e mulheres, embora algumas pesquisas indiquem maior predisposição feminina, sobretudo em idades mais jovens.
- Atletas apresentam risco aumentado, especialmente em esportes que envolvem movimentos rotacionais do joelho.
- Pessoas com frouxidão ligamentar generalizada, como na Síndrome de Ehlers-Danlos ou Síndrome de Down.
Sintomas e Diagnóstico
Quando ocorre a patela do joelho deslocada, os sintomas são geralmente intensos e debilitantes:
- Dor aguda e intensa no joelho.
- Inchaço significativo (derrame articular).
- Sensação de que o joelho “saiu do lugar”.
- Dificuldade ou impossibilidade de movimentar o joelho.
- Deformidade visível da articulação.
- Instabilidade articular durante a tentativa de movimento.
O diagnóstico é realizado por médicos ortopedistas através de exame físico detalhado e exames complementares como radiografias, ressonância magnética e tomografia computadorizada, que permitem avaliar não apenas o deslocamento em si, como também lesões associadas, como ruptura do ligamento patelofemoral medial ou lesões da cartilagem.
No COE Goiânia, centro de referência em ortopedia, os especialistas em joelho realizam uma avaliação minuciosa dos pacientes com suspeita de luxação patelar, utilizando os mais modernos métodos diagnósticos para identificar precisamente o grau da lesão e estruturas afetadas.
Tratamentos Disponíveis
O tratamento da patela do joelho deslocada varia conforme a gravidade da lesão, história prévia e necessidades individuais de cada paciente.
Tratamento Conservador
Para casos menos graves ou primeiro episódio:
- Redução da patela à sua posição normal.
- Repouso e imobilização temporária.
- Medicamentos para controle da dor e inflamação.
- Fisioterapia para fortalecimento muscular, especialmente do quadríceps.
Tratamento Cirúrgico
Em casos de instabilidade recorrente ou lesões graves associadas:
- Reconstrução do ligamento patelofemoral medial (considerado padrão-ouro para casos recorrentes).
- Procedimentos de realinhamento ósseo.
- Remoção de fragmentos articulares.
- Reparação de lesões da cartilagem.
O COE Goiânia oferece tratamentos avançados para pacientes com patela do joelho deslocada, contando com uma equipe multidisciplinar composta por ortopedistas especialistas em joelho, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde, proporcionando assistência completa desde o diagnóstico até a reabilitação.
Prevenção e Reabilitação
Após o tratamento adequado, a prevenção de novos episódios é fundamental:
- Fortalecimento da musculatura do quadríceps e isquiotibiais.
- Exercícios de propriocepção e equilíbrio.
- Alongamentos regulares para melhorar a flexibilidade.
- Uso de órteses ou joelheiras durante atividades físicas quando necessário.
- Técnicas adequadas durante a prática esportiva.
O acompanhamento fisioterápico regular é essencial para garantir a recuperação completa e diminuir o risco de recorrências, especialmente em atletas e jovens ativos.
Conclusão
A patela do joelho deslocada representa um desafio significativo, principalmente para adolescentes e praticantes de atividades físicas.
Compreender os fatores de risco, reconhecer os sintomas e buscar tratamento adequado são fundamentais para minimizar complicações a longo prazo e prevenir episódios recorrentes.
O avanço nas técnicas de diagnóstico por imagem e nas abordagens cirúrgicas tem melhorado significativamente o prognóstico dos pacientes.
Centros ortopédicos especializados oferecem tratamentos multidisciplinares que atendem às necessidades específicas de cada paciente, garantindo melhores resultados funcionais e retorno mais rápido às atividades cotidianas.
Se você sofreu um episódio de deslocamento da patela, procure ajuda médica imediatamente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são determinantes para uma recuperação efetiva e para minimizar o risco de complicações futuras.
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