Muitos pacientes que chegam a consultórios de ortopedia com um quadro se sinovite não fazem a mínima ideia do que é nem os tratamentos disponíveis.
Vale mencionar que é uma lesão comum na população, em particular atletas e pacientes com determinadas doenças metabólicas.
Podemos adiantar que não é uma patologia grave, mas um tratamento inadequado pode torná-la uma doença crônica que afeta a qualidade de vida do paciente.
Daí a importância de contar com acompanhamento ortopédico especializado, a fim de obter o diagnóstico correto e o tratamento de acordo.
Então, para entender melhor sobre a sinovite, juntamente com a equipe do COE Ortopedia, desenvolvemos esse material para falar tudo a respeito desse assunto.
O que é sinovite?
É uma inflamação da membrana sinovial, um tecido que reveste a região interna das articulações, cuja responsabilidade é a produção do líquido sinovial.
Essa membrana contém o fluido sinovial que tem a função de lubrificar a articulação, evitando assim o desgaste das cartilagens.
Nesse caso, a membrana sinovial se torna mais fina e, por consequência, mais vasos sanguíneos se formam, o que pode provocar sangramentos na articulação.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas podem ser diferentes segundo as características gerais do paciente, mas geralmente os sintomas da inflamação são:
- Rigidez na articulação;
- Aumento da temperatura na articulação;
- Dificuldade para movimentar;
- Inchaço;
- Vermelhidão.
- Dor na articulação.
O paciente pode apresentar um ou mais desses sintomas e, ao notar que eles persistem, o ideal é procurar por um médico para que ele identifique o problema e indique o tratamento adequado.
Quais são as causas?
As causas podem ser diversas, mas na maioria dos casos estão ligadas ao desgaste da articulação.
Assim, os traumatismos, esforços repetitivos ou atividades que implicam um impacto excessivo nas articulações estão dentre as causas mais frequentes.
Uma outra causa é a infecção, provocada por uma bactéria que penetra na barreira sinovial, no momento de uma intervenção cirúrgica ou através de uma ferida aberta.
Por fim, uma produção de ácido úrico além do normal pode provocar o surgimento de depósitos de cristais nas articulações, levando a um quadro de sinovite.
No caso de pacientes que apresentam doenças autoimunes, como a artrite reumatoide ou o lúpus, há o desenvolvimento da sinovite nas articulações.
Como confirmar o diagnóstico?
O diagnóstico deve ser feito por um médico especialista, que além do exame clínico, solicita os seguintes exames para confirmar o diagnóstico:
- Ressonância magnética;
- Raio-X;
- Ultrassom.
Além desses exames, o médico ainda pode pedir a análise do líquido sinovial da articulação, a fim de averiguar a causa da dor e da inflamação na articulação.
Como é o tratamento?
O tratamento varia de acordo com cada caso, uma vez que há uma série de variantes que devem ser consideradas.
Então, o médico pode tanto indicar o uso de remédios anti-inflamatórios ou fisioterapia, porém, outros tratamentos para sinovite são:
1. Repouso
A primeira forma de tratar é através do repouso da articulação que está afetada, principalmente para evitar complicações.
Através do repouso, é possível diminuir a dor e desconforto que podem surgir ao fazer algum movimento. Entretanto, deve-se aliar o repouso a outros cuidados.
2. Compressas frias
A aplicação de compressas frias na articulação também pode combater o inchaço, reduzir a dor e ainda aliviar a inflamação.
É possível tanto colocar gelo dentro de uma bolsa térmica como colocar um saco de gel no congelador para resfriar.
Em seguida, basta envolver em uma toalha limpa e aplicar no local. O ideal é deixar agindo de 15 a 20 minutos, cerca de 2 a 3 vezes ao dia.
3. Remédios
Também é feito a administração medicamentosa, mas o paciente deve fazer uso apenas dos remédios que o médico indicar, o qual também varia de caso para caso.
Mas, no geral, o remédio tem a finalidade de combater a inflamação e diminuir a dor. Algumas pomadas com efeito anti-inflamatório também são bem úteis.
Agora, a depender do que causou a sua sinovite, o médico ainda pode prescrever remédios mais específicos, como agentes biológicos.
4. Fisioterapia
A fisioterapia tem o intuito de aumentar e melhorar a flexibilidade, além de fortalecer e manter a estabilidade na articulação afetada.
Entretanto, o profissional deve analisar o caso do paciente e indicar o tratamento mais adequado, de forma individual.
O fisioterapeuta pode recomendar a crioterapia ou mesmo o uso de algum equipamento, como laser, ondas curtas ou ultrassom para tratamento, por exemplo.
Mas, durante a última etapa de recuperação, o paciente deve fazer alguns exercícios para fortalecer o músculo.
5. Punção
A punção é uma técnica onde o médico retira uma parte do líquido sinovial da articulação. Nesse caso, o objetivo é reduzir o inchaço, trazendo maior alívio para uma série de sintomas.
Porém, esse é um tratamento mais adequado para casos graves, quando o local está muito inchado.
6. Injeção de corticoides
O médico ainda pode aplicar uma injeção de corticoide direto no local afetado.
A cortisona é a substância geralmente injetada, uma vez que ela é capaz de combater a inflamação e ainda alivia os sintomas de forma mais imediata.
7. Cirurgia
A cirurgia também é uma forma de tratar o problema, todavia, é apenas considerada quando os outros tratamentos não forem eficazes, e a dor continua.
No procedimento, o médico remove a membrana sinovial do local em questão. Após a cirurgia, o paciente precisa fazer fisioterapia, a fim de acelerar a recuperação.
Conclusão
Conhecendo agora as causas e tratamentos disponíveis para sinovite, é importante ter em mente que o risco de desenvolver a condição pode ser reduzido seguindo certas diretrizes.
É importante adotar uma alimentação saudável, evitar alimentos ricos em ácido úrico e fazer esportes com moderação, a fim de fortalecer os músculos e manter as articulações saudáveis.
Se você foi diagnosticado com sinovite e busca por um tratamento de excelência, conheça o COE Ortopedia, uma clínica ortopédica em que você pode tratar não só a sinovite, mas sim uma série de outros problemas ortopédicos.
Fonte de link: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66811