A perna de alicate, termo popular para o desalinhamento dos joelhos conhecido como joelho varo, é uma condição comum em crianças durante os primeiros anos de vida.
Caracterizada pelo afastamento dos joelhos e aproximação dos tornozelos, essa conformação lembra a forma de um alicate, daí sua denominação.
Embora muitas vezes faça parte do desenvolvimento natural, em alguns casos, o desalinhamento persiste ou se agrava, exigindo intervenção profissional.
A busca por ortopedistas especialistas em joelho desde os primeiros sinais é determinante para prevenir complicações como artrose precoce, desgaste articular e limitações funcionais.
O Que É a Perna de Alicate e Como Ela se Desenvolve?
A perna de alicate ocorre quando o eixo de carga da perna se desvia para a parte interna do joelho, sobrecarregando estruturas como a cartilagem articular e os meniscos.
Em crianças, esse desalinhamento é considerado fisiológico até os dois anos de idade, resultado da posição fetal no útero e do processo natural de crescimento.
Nessa fase, os pais podem notar que os joelhos da criança permanecem afastados mesmo quando os pés estão unidos.
Após os dois anos, o padrão costuma se inverter gradualmente, evoluindo para o joelho valgo (pernas em X), que atinge o pico por volta dos quatro anos antes de se corrigir naturalmente até os sete anos.
Quando o desalinhamento não segue essa trajetória esperada, como em casos de tíbia vara de Blount ou raquitismo, a deformidade pode se tornar patológica, exigindo avaliação especializada.
Quando o Desalinhamento Requer Atenção?
A maioria dos casos de perna de alicate em crianças é transitória e não demanda tratamento. No entanto, é fundamental monitorar a evolução do quadro. Veja alguns sinais de alerta:
- Assimetria entre as pernas (uma mais arqueada que a outra);
- Dor persistente nos joelhos ou tornozelos;
- Dificuldade para caminhar ou correr;
- Agravamento da curvatura após os dois anos de idade.
Doenças como o raquitismo (deficiência de vitamina D) e a doença de Blount (distúrbio de crescimento da tíbia) estão entre as causas patológicas mais comuns.
Pacientes com histórico familiar de deformidades ósseas ou síndromes genéticas também requerem acompanhamento precoce,
Diagnóstico e Avaliação por um Ortopedista Especializado
O diagnóstico da perna de alicate envolve exame clínico detalhado e, em alguns casos, exames de imagem como radiografias.
O médico mede o ângulo tibiofemoral – em pacientes saudáveis, esse ângulo gira em torno de 170°, enquanto na perna de alicate patológica, ultrapassa 180°.
Em crianças, o ortopedista pediátrico avalia se a deformidade está dentro dos padrões esperados para a idade ou se indica uma condição subjacente.
Exames laboratoriais podem ser solicitados para descartar deficiências nutricionais, como baixos níveis de vitamina D, associadas ao raquitismo.
Em casos complexos, a ressonância magnética ajuda a visualizar danos nas placas de crescimento ou na cartilagem.
Tratamentos Disponíveis: Da Observação à Cirurgia
Condutas Conservadoras
Na maioria das crianças, o tratamento é expectante, com consultas regulares para acompanhar a correção natural.
Nenhum método não cirúrgico – como órteses, palmilhas ou fisioterapia – demonstra eficácia em alterar a evolução fisiológica do desalinhamento.
Entretanto, suplementos de vitamina D e cálcio são indicados se houver diagnóstico de raquitismo.
Intervenções Cirúrgicas
Quando a deformidade persiste após os oito anos ou causa sintomas incapacitantes, a cirurgia torna-se necessária.
Técnicas modernas, como a epifisiodese (bloqueio temporário da placa de crescimento) ou osteotomia valgizante (reposicionamento ósseo), oferecem correções precisas com recuperação acelerada.
No COE – Centro de Ortopedia Especializada em Goiânia, por exemplo, procedimentos minimamente invasivos têm sido aplicados com sucesso em crianças.
Por Que Buscar uma Clínica Ortopédica Especializada?
A intervenção precoce evita complicações a longo prazo. Pacientes com perna de alicate não tratada têm maior risco de desenvolver artrose devido ao desgaste irregular da cartilagem.
Em adultos, a deformidade pode levar a dores crônicas, instabilidade articular e até necessidade de próteses.
Clínicas especializadas contam com equipes multidisciplinares, incluindo ortopedistas pediátricos, radiologistas e fisioterapeutas, garantindo um plano terapêutico personalizado.
Além disso, centros de referência, como o COE, investem em técnicas inovadoras que reduzem o tempo de recuperação e melhoram os resultados funcionais.
Conclusão
A perna de alicate é, na maioria dos casos, uma fase passageira do desenvolvimento infantil. No entanto, pais e cuidadores devem estar atentos a sinais de alerta, como dor, assimetria ou piora progressiva da curvatura.
A busca por uma avaliação ortopédica especializada garante diagnósticos precisos e intervenções adequadas, sejam elas conservadoras ou cirúrgicas.
Vale mencionar que mesmo que a cirurgia seja necessária, técnicas modernas permitem correções eficazes com mínimo impacto na qualidade de vida da criança.
Não subestime alterações no alinhamento das pernas – a saúde articular futura do seu filho depende de decisões tomadas hoje.
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