A má circulação nos pés é um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode ser um sinal de condições de saúde mais graves.
Esta condição ocorre quando há dificuldade do sangue circular adequadamente em determinadas regiões, especialmente nos membros inferiores, comprometendo a nutrição e oxigenação dos tecidos.
Cientificamente conhecida como doença arterial periférica (DAP), a má circulação nos pés pode manifestar-se através de diversos sintomas e, quando não tratada, levar a complicações sérias que afetam significativamente a qualidade de vida do paciente.
Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento por ortopedistas especialistas em patologias do pé são fundamentais para um tratamento eficaz.
Epidemiologia e fatores de risco
A prevalência da doença arterial periférica varia conforme a região e os métodos de análise.
Segundo estudos recentes, a DAP apresentou uma prevalência global de 1,52% em 2019, afetando 113 milhões de pessoas com mais de 40 anos.
No Brasil, um estudo realizado na população de Baependi (Minas Gerais) revelou uma prevalência geral de DAP de 1,05%, aumentando significativamente com a idade e atingindo um pico de 5,2% em pessoas acima de 70 anos.
Diversos fatores aumentam o risco de desenvolver má circulação nos pés:
- Idade avançada: os problemas circulatórios tendem a aumentar após os 50 anos
- Diabetes: o pé diabético é uma das principais complicações relacionadas à má circulação
- Tabagismo: fumantes têm quatro vezes mais chances de desenvolver DAP
- Obesidade: o excesso de peso sobrecarrega o sistema circulatório
- Sedentarismo: a falta de movimento compromete significativamente a circulação
- Hipertensão e níveis elevados de colesterol: contribuem para o estreitamento arterial
- Permanência prolongada em posição ortostática: estar de pé por longos períodos é um fator de risco associado ao desenvolvimento de varizes
Quanto às diferenças entre gêneros, historicamente a DAP tem maior prevalência em homens, embora a incidência em mulheres venha aumentando, especialmente após os 70 anos.
Sintomas da má circulação nos pés
Identificar os sinais de alerta é essencial para o diagnóstico precoce. Entre os principais sintomas, destacamos:
- Pés frios e pálidos, às vezes com coloração azulada
- Dor e sensação de peso nas pernas, principalmente ao caminhar
- Inchaço nos pés e tornozelos que piora ao fim do dia
- Formigamento e coceira nas extremidades
- Câimbras frequentes, especialmente durante a noite
- Pele ressecada e rachaduras nos calcanhares
- Crescimento mais lento das unhas e pelos nas pernas
- Úlceras que demoram a cicatrizar, principalmente nos dedos ou parte externa dos pés
A claudicação intermitente – dor ao caminhar que alivia com repouso – é um sintoma característico que indica comprometimento significativo da circulação.
Ortopedistas estão capacitados para identificar esses sintomas e diferenciar problemas circulatórios de outras condições que afetam os membros inferiores.
Complicações
Sem o tratamento adequado, a má circulação nos pés pode evoluir para complicações graves, como:
- Ulcerações crônicas de difícil cicatrização
- Infecções recorrentes devido à baixa oxigenação dos tecidos
- Gangrena, nos casos mais avançados
- Amputações de extremidades, especialmente em diabéticos
No Brasil, um estudo que analisou complicações do pé diabético em 27 capitais durante 10 anos (2008-2018) registrou 45.095 complicações, com um aumento expressivo de 5,68 para 17,68 por 100.000 habitantes.
O BRAZUPA, estudo que avaliou 1.455 pacientes diabéticos em 19 centros brasileiros, revelou que 18,6% apresentavam úlcera ativa, 25,3% tinham histórico prévio de úlcera e 13,7% já haviam sofrido amputações.
Diagnóstico
O diagnóstico preciso requer avaliação especializada. Um dos métodos mais utilizados para detectar problemas circulatórios é o Índice Tornozelo-Braço (ITB), que compara a pressão arterial nos tornozelos com a pressão nos braços.
Exames complementares como ultrassonografia com Doppler, angiografia e tomografia computadorizada também podem ser necessários para avaliar com precisão o comprometimento vascular.
Nesse contexto, o COE Ortopedia em Goiânia oferece avaliação completa por médicos especialistas, fundamental para identificar precocemente problemas circulatórios e prevenir complicações mais graves.
Tratamentos
O tratamento varia de acordo com a gravidade do quadro e pode englobar:
- Mudanças no estilo de vida: controle de fatores de risco como tabagismo, sedentarismo e alimentação inadequada
- Atividade física supervisionada: estudos demonstram que o exercício aeróbio, principalmente a caminhada regular, proporciona benefícios significativos em pacientes com claudicação intermitente, melhorando o desempenho ao caminhar e impactando positivamente a qualidade de vida
- Tratamento medicamentoso: anti-agregantes plaquetários, estatinas e medicamentos específicos para melhorar o fluxo sanguíneo
- Meias de compressão graduada: auxiliam no retorno venoso e reduzem o inchaço nas pernas
- Intervenções cirúrgicas: em casos mais avançados, procedimentos como angioplastia ou bypass podem ser necessários
No COE Ortopedia, a abordagem multidisciplinar garante cuidado completo, desde a prevenção até o tratamento de complicações mais graves.
Prevenção e cuidados diários
Algumas medidas simples podem ajudar a prevenir e controlar problemas circulatórios:
- Alimentação equilibrada: incluir alimentos que favorecem a circulação, como laranja, pimenta caiena, nozes, beterraba, chocolate amargo, chá verde, alho e peixes ricos em ômega 3 como a sardinha
- Atividade física regular: manter-se ativo com caminhadas, natação ou ioga para estimular o fluxo sanguíneo
- Elevação das pernas: elevar os pés acima do nível do coração por alguns minutos ao longo do dia reduz o inchaço e alivia a pressão nos vasos sanguíneos
- Hidratação adequada: beber água suficiente ajuda a manter a fluidez do sangue e evita retenção de líquidos
- Evitar períodos prolongados na mesma posição: fazer pausas e movimentar-se periodicamente quando for necessário ficar muito tempo em pé ou sentado
- Cuidados específicos com os pés: manter boa higiene, usar calçados confortáveis e examinar regularmente os pés em busca de alterações
Conclusão
A má circulação nos pés é um problema de saúde que não deve ser ignorado, pois pode sinalizar condições mais graves que comprometem a qualidade de vida e, em casos extremos, levar à amputação de membros.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento especializado são fundamentais para prevenir complicações.
A consulta regular com ortopedistas com especialização em problemas nos pés é recomendada especialmente para pessoas com fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade ou histórico familiar de doenças vasculares.
O COE Ortopedia em Goiânia dispõe de equipe qualificada para oferecer o diagnóstico preciso e o tratamento adequado, contribuindo para a saúde e bem-estar dos pacientes com problemas circulatórios nos pés.
Através de mudanças no estilo de vida, cuidados diários e acompanhamento médico especializado, é possível controlar os sintomas, prevenir complicações e garantir melhor qualidade de vida!
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