A medicina regenerativa na coluna usa substâncias obtidas do próprio paciente para modular a inflamação e estimular o reparo tecidual.
A proposta é aliviar a dor, melhorar a função e postergar procedimentos mais invasivos quando possível.
O que é medicina regenerativa na coluna
É um conjunto de técnicas que aplicam concentrados biológicos autólogos na região dolorosa da coluna.
Na medicina regenerativa na coluna, os métodos mais usados são o PRP (plasma rico em plaquetas) e o BMA (aspirado de medula óssea).
A meta é favorecer a cicatrização, reduzir citocinas pró-inflamatórias e apoiar a recuperação do disco, das facetas e dos tecidos ao redor.
Como essas terapias atuam
- Modulação inflamatória: fatores liberados por plaquetas e células do estroma diminuem mediadores de dor, o que reduz a hipersensibilidade local.
- Suporte ao reparo: proteínas sinalizadoras estimulam síntese de matriz, melhoram a nutrição tecidual e favorecem a remodelação onde ainda existe potencial de recuperação.
- Efeito analgésico funcional: menos inflamação significa melhor recrutamento muscular, marcha mais estável e menor sobrecarga nas articulações da coluna.
PRP, BMA e outras opções
- PRP: obtido por centrifugação do sangue periférico. Concentra plaquetas e seus grânulos, ricos em fatores de crescimento. Pode ser usado em dor facetária, dor discogênica e ponto gatilho miofascial.
- BMA: aspirado de medula óssea, coletado geralmente da crista ilíaca. Traz células do estroma, citocinas e matriz. Usado em artropatia facetária, sacroilíaca e discopatias selecionadas.
- Compostos adiposos processados: tecido gorduroso preparado para obter frações ricas em estroma vascular. Pode ser opção em articulações periféricas e alguns cenários da coluna, conforme avaliação médica.
Indicações e limites
Entre as principais indicações da medicina regenerativa na coluna, destacamos:
- Dor facetária.
- Sacroileíte.
- Discopatia dolorosa sem instabilidade grave.
- Estiramentos musculares recorrentes.
- Dor pós-esforço em atletas.
- Dor lombar crônica com sinais inflamatórios persistentes.
Já quanto às limitações, citamos:
- Compressões neurológicas importantes.
- Instabilidade mecânica evidente.
- Deformidades avançadas.
- Estenose severa geralmente exigem outras abordagens.
A medicina regenerativa na coluna pode integrar o plano, mas não substitui cirurgias quando há indicação clara.
O passo a passo do procedimento
1) Avaliação clínica com exame físico detalhado e correlação com exames de imagem para definir a fonte da dor.
2) Preparação: orientações sobre medicamentos, jejum quando necessário e ajustes em anticoagulantes conforme prescrição.
3) Coleta do sangue para PRP ou do aspirado de medula óssea para BMA, sempre em ambiente controlado.
4) Processamento para concentrar os componentes ativos de forma padronizada.
5) Aplicação guiada por ultrassom ou radioscopia, que aumenta a precisão e segurança.
6) Recuperação com retorno gradual às atividades, reforço de tronco e ajustes de ergonomia.
Resultados esperados e linha do tempo
Alguns pacientes notam alívio leve nas primeiras semanas. O pico de efeito costuma aparecer entre 6 e 12 semanas.
Em casos crônicos, o ganho é progressivo quando o plano inclui fortalecimento, controle de peso e sono adequado.
A medicina regenerativa na coluna tende a entregar benefício duradouro quando há adesão às reabilitações propostas.
Quem não pode fazer
Precauções e contraindicações
- Infecção ativa.
- Neoplasia em atividade.
- Distúrbios graves de coagulação.
- Gestação.
- Alergias a componentes do preparo.
- Descompensações clínicas importantes.
Cuidados após a aplicação
- Repouso relativo por 24 a 72 horas, alternância de frio local nos primeiros dias se orientado.
- Reinício progressivo das rotinas e fisioterapia focada em controle motor.
- Evite anti-inflamatórios não esteroidais sem autorização médica.
A medicina regenerativa na coluna funciona melhor quando o comportamento diário protege a região tratada.
O COE Ortopedia em Goiânia conta com uma equipe especializada em medicina regenerativa, atualizada com as técnicas mais inovadoras.
Agende uma consulta e tire todas suas dúvidas!
FAQs
Medicina regenerativa na coluna trata hérnia de disco?
Ajuda em dor inflamatória e discogênica sem compressão neurológica importante. Quando há déficit progressivo, a avaliação cirúrgica é priorizada.
PRP e BMA são a mesma coisa?
Não. PRP é concentrado de plaquetas do sangue periférico. BMA é aspirado de medula óssea com células do estroma e citocinas diferentes. A escolha depende do quadro clínico.
Quantas sessões costumam ser necessárias?
Varia conforme o objetivo. Muitos protocolos usam 1 a 3 aplicações, com reavaliação clínica e funcional entre 6 e 12 semanas.
O procedimento dói?
O local é anestesiado e a aplicação é guiada. Pode ocorrer sensação de pressão e desconforto por alguns dias, o que é esperado.
Posso treinar após a aplicação?
Atividades leves retornam em poucos dias. Treinos intensos são liberados por etapas, seguindo orientação do especialista e da fisioterapia.
Idosos podem fazer medicina regenerativa na coluna?
Podem ser candidatos quando a avaliação clínica aponta benefício potencial e não há contraindicações. O plano é individualizado.
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