O PRP no pé e tornozelo é uma alternativa biológica para quem vive com dor, inflamação ou limitações por lesões crônicas.
A técnica usa o próprio sangue do paciente para concentrar plaquetas e fatores de crescimento, com a meta de acelerar a cicatrização de tendões, ligamentos e fáscias, reduzir sintomas e recuperar a função com segurança.
Como funciona o PRP no pé e tornozelo
O médico coleta uma pequena amostra de sangue, processa em centrífuga e separa os componentes.
A fração com alta concentração de plaquetas é misturada ao plasma e aplicada no ponto exato da dor com guia por ultrassom quando indicado.
As plaquetas liberam proteínas sinalizadoras que modulam a inflamação, recrutam células reparadoras e estimulam a síntese de colágeno, etapa crucial para a integridade de tendões e ligamentos do tornozelo e do mediopé.
Indicações frequentes
- Fascite plantar e fasciopatia crônica do calcâneo
- Tendinite e tendinose do tendão calcâneo (Aquiles)
- Tendinopatias peroneais, tibial posterior e flexores
- Entorse de tornozelo com dor persistente e instabilidade funcional
- Lesões do retináculo, capsulites e sinovites recorrentes
- Lesões por sobrecarga em atletas e praticantes de corrida
O PRP no pé e tornozelo é útil quando há dor que não cede com repouso relativo, fisioterapia bem conduzida e ajustes de carga.
Em casos de lesões agudas graves, fraturas ou rupturas completas de tendão, a indicação segue a avaliação médica individual.
Passo a passo do procedimento
- Avaliação clínica detalhada com exame físico, histórico de treinos, calçado e apoio plantar.
- Imagem de apoio quando necessário, como ultrassom ou ressonância para localizar a lesão.
- Coleta de sangue em ambiente controlado e processamento imediato em centrífuga.
- Infiltração dirigida do PRP no ponto-alvo, muitas vezes guiada por ultrassom para precisão.
- Observação breve e liberação para casa no mesmo dia.
Recuperação e retorno às atividades
É comum sentir desconforto leve nos primeiros dias.
O plano de reabilitação inclui proteção de carga no início, exercícios de mobilidade e, na sequência, fortalecimento progressivo do tríceps sural, tibial posterior e musculatura intrínseca do pé.
A melhora clínica costuma surgir entre algumas semanas e poucos meses, variando conforme o tempo de lesão e adesão ao plano.
Benefícios esperados
- Estratégia autóloga, risco baixo de reação por usar o próprio sangue.
- Aplicação precisa em áreas com pouca vascularização, como fáscia plantar e inserções tendíneas.
- Possível redução do uso recorrente de analgésicos.
- Aliado da fisioterapia para recuperar força, mobilidade e estabilidade.
Riscos e limites
Reações locais como dor transitória, inchaço e sensibilidade podem ocorrer. Infecção é rara, mas requer cuidado com técnica e higiene.
O PRP no pé e tornozelo não trata infecções ativas, não substitui reparo cirúrgico em rupturas completas e não é indicado em distúrbios graves de coagulação ou uso de anticoagulantes sem ajuste médico.
Quem é candidato
- Pessoas com dor crônica por tendinopatia, fasciopatia ou entorse recorrente.
- Atletas com sobrecarga repetitiva e dificuldade para progredir na reabilitação.
- Pacientes que buscam alternativa biológica antes de considerar cirurgia, quando cabível.
Cuidados práticos após a aplicação
- Evitar anti-inflamatórios nas primeiras semanas, salvo orientação do médico.
- Usar calçado com bom suporte e, se indicado, palmilha para descarregar áreas dolorosas.
- Seguir o plano de fisioterapia com ênfase em alongamento de cadeia posterior e fortalecimento excêntrico do tendão calcâneo.
- Controle de carga em treinos, respeito a sinais de dor e progressão em etapas.
No COE Ortopedia Goiânia, você conta com uma equipe de profissionais especialistas em PRP, oferecendo aos pacientes o que há de mais moderno na medicina ortopédica.
FAQs
PRP no pé e tornozelo dói?
O desconforto costuma ser leve e curto. Analgesia local pode ser usada no momento da aplicação. Dor moderada nos primeiros dias é possível e tende a ceder com medidas simples.
Quantas sessões são necessárias de PRP no pé e tornozelo?
Muitos casos respondem com 1 a 3 aplicações, sempre com intervalo e reavaliação clínica. Séries longas só fazem sentido quando há resposta parcial e plano de reabilitação ativo.
Quando posso voltar a treinar corrida ou jogar?
O retorno é gradual. Atividades leves costumam iniciar após a primeira semana, com progressão conforme dor, força e controle de impacto. A liberação final depende do exame clínico.
Quem não deve fazer PRP no pé e tornozelo?
Pessoas com infecção ativa, problemas de coagulação importantes, uso de anticoagulantes sem ajuste, gestantes sem liberação médica ou alergia a componentes do preparo.
PRP no pé e tornozelo substitui cirurgia?
Em rupturas completas e deformidades estruturais, cirurgia pode ser necessária. O PRP é um aliado em tendinopatias e fasciopatias, inclusive para reduzir dor e facilitar a reabilitação.
- PRP no pé e tornozelo: guia prático para dor e lesões - agosto 25, 2025
- Medicina regenerativa no pé: indicações e técnicas - agosto 22, 2025
- Sinovite no pé: sintomas, causas e tratamento - agosto 18, 2025