O ácido hialurônico na ortopedia é indicado quando há desgaste ou lesão dolorosa. A ideia é acalmar a inflamação e devolver leveza ao movimento.
Ele se mistura ao líquido sinovial e forma um filme em gel sobre a cartilagem. Com menos atrito, o deslizamento melhora e a dor tende a ceder.
A meta é abrir uma janela de menor dor para que o paciente avance na reabilitação, recupere força e mobilidade e retome as atividades com qualidade.
O que é e como age na articulação
O ácido hialurônico é um polímero presente no líquido sinovial. Ele aumenta a viscosidade e melhora a lubrificação da cartilagem.
Ao ser infiltrado, reduz o atrito entre as superfícies articulares e modula mediadores inflamatórios, o que tende a diminuir dor e rigidez.
Ácido hialurônico na ortopedia: quando indicar
As melhores respostas ocorrem em artrose leve a moderada e em quadros de condropatia com derrame articular.
Também pode ser útil após falha de medidas conservadoras como fisioterapia, fortalecimento e controle de peso.
Em artrose avançada, a resposta é menos previsível, porém, ainda pode haver alívio sintomático.
Benefícios esperados
- Redução de dor e inflamação nas semanas subsequentes à aplicação.
- Melhora de mobilidade e função diária.
- Possível queda no uso de analgésicos.
- Melhor adesão ao plano de exercícios, que sustenta os ganhos ao longo do tempo.
Onde pode ser aplicado
Joelho, quadril, ombro, tornozelo e pé, pequenas articulações da mão e, em casos selecionados, outras articulações periféricas.
A decisão é individualizada, sempre com avaliação clínica e de imagem.
Quanto tempo dura o efeito
O pico de benefício costuma surgir entre a quinta e a 12ª semana. A partir daí, o efeito tende a se manter por meses, com mediana próxima de seis meses.
Um programa bem conduzido de fortalecimento e perda de peso pode prolongar esse controle.
Quantas aplicações são necessárias
Existem formulações de dose única e esquemas com três a cinco infiltrações semanais.
Quando disponíveis, as de dose única são práticas e apresentam eficácia comparável, reduzindo idas ao consultório e risco de desconforto repetido.
Como é feita a infiltração
O procedimento é ambulatorial, com antissepsia rigorosa. Em muitos casos aplica-se pequena quantidade de anestésico na pele para reduzir a sensibilidade local.
Se houver grande derrame sinovial, realiza-se aspiração antes da infiltração. Após a aplicação, recomenda-se repouso relativo por 24 a 48 horas e gelo intermitente.
Ultrassom para guiar o procedimento
A guiagem por ultrassom aumenta a precisão do trajeto da agulha e ajuda a evitar contato desnecessário com estruturas dolorosas.
Isso favorece o conforto, reduz falhas de posicionamento e torna viável o acesso a articulações profundas.
Riscos e contraindicações
- Os eventos mais comuns são dor e inchaço transitórios nas primeiras 48 horas.
- Reações inflamatórias mais intensas são raras.
- Infecção articular é incomum quando se respeita a técnica estéril.
Quanto às contraindicações:
- Infecção ativa na pele ou na articulação.
- Hipersensibilidade conhecida ao produto.
- Pós-operatório imediato sem liberação médica.
Passo a passo do tratamento
- Consulta e definição do diagnóstico.
- Revisão de exames de imagem quando necessário.
- Planejamento do produto e da via de aplicação.
- Infiltração em ambiente adequado, preferencialmente guiada por ultrassom.
- Plano de reabilitação com metas de força e mobilidade.
- Reavaliação clínica para medir resposta e decidir sobre repetição futura.
Quando repetir a infiltração
Considera-se nova aplicação quando houve boa resposta e o retorno dos sintomas começa a limitar a rotina ou treino. Não há intervalo fixo para todos.
Alguns pacientes mantêm controle prolongado com uma única sessão, especialmente quando seguem o programa de exercícios.
Quem se beneficia mais
Pessoas com dor mecânica, rigidez matinal curta e sinais de sinovite leve tendem a responder bem.
Pacientes com artrose avançada podem ter melhora parcial. Em atletas amadores com condropatia focal, o objetivo é aliviar a dor para permitir o fortalecimento e retorno gradual ao esporte.
Agende uma consulta no COE Ortopedia Goiânia e saiba se a aplicação de ácido hialurônico é indicada para o seu caso.
Contamos com um time de ortopedistas em diferentes especialidades, qualificados para esclarecer qualquer dúvida!
FAQs
Ácido hialurônico na ortopedia dói para aplicar?
O desconforto costuma ser leve e breve. A pele pode ser anestesiada antes da punção e o ultrassom ajuda a reduzir toques dolorosos durante a passagem da agulha.
Quantas sessões são necessárias no joelho?
Há produtos de dose única e esquemas de três a cinco aplicações semanais. A escolha depende do perfil do paciente e da disponibilidade do produto.
Quando o efeito começa e quanto tempo dura?
Alguns pacientes percebem alívio inicial em poucos dias. O melhor resultado costuma aparecer entre a quinta e a 12ª semana e pode se manter por vários meses.
Posso treinar após a infiltração?
Atividades leves estão liberadas no dia seguinte. Treinos mais intensos voltam conforme dor e inchaço cedem, geralmente após 48 horas, com orientação do fisioterapeuta.
Quais são os principais riscos?
Dor reacional e inchaço nas primeiras 48 horas são os mais comuns. Infecção é rara quando se segue técnica estéril. Procure o médico diante de calor intenso, vermelhidão e febre.
Quem não deve fazer a infiltração?
Pessoas com infecção ativa na pele ou na articulação, alergia conhecida ao produto ou sem liberação clínica no pós-operatório imediato devem adiar o procedimento.
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