O PRP na ortopedia vem ganhando espaço por acelerar a cicatrização e reduzir a dor usando o próprio sangue do paciente. O preparo é simples: o sangue é processado para concentrar as plaquetas.
Essas plaqueta liberam mensageiros químicos que regulam a inflamação e acionam a regeneração do tecido.
É um procedimento indicado em lesões de tendões, ligamentos, músculos e cartilagem. A indicação é individual, definida no consultório após avaliação.
O que é PRP e por que ele importa
PRP é a sigla para plasma rico em plaquetas. Trata-se de uma fração do sangue com plaquetas em alta concentração, carregando fatores de crescimento e vesículas extracelulares que organizam a resposta de cura.
Na prática, o PRP na ortopedia busca reduzir a dor, melhorar a função e encurtar o tempo de recuperação.
Como o PRP é preparado e aplicado
O procedimento é ambulatorial. Colhe-se uma pequena amostra de sangue e ela passa pela centrífuga para concentrar as plaquetas.
Com o preparo pronto, o PRP é injetado exatamente no tecido alvo, sob orientação do ultrassom.
A sessão costuma durar de 30 a 60 minutos. Atividades leves, em geral, são liberadas no mesmo dia.
Os protocolos variam conforme o objetivo clínico. Alguns cenários pedem de 1 a 3 infiltrações com intervalos de 2 a 4 semanas.
O plasma rico em plaquetas na ortopedia pode ser usado isolado ou como adjuvante no pós-operatório.
Indicações frequentes de PRP na ortopedia
- Tendinopatias crônicas do manguito rotador, patelar, aquileana, epicondilites.
- Lesões musculares grau I e II com cicatrização lenta.
- Entorses e lesões ligamentares parciais, com dor persistente.
- Artrose leve a moderada em joelho, quadril, ombro, tornozelo, alívio de dor e melhora funcional.
- Fasceíte plantar refratária ao tratamento conservador.
- Pós-operatório de reparos tendíneos, meniscais e ligamentares para otimizar a integração tecidual.
Nem todo quadro se beneficia. Rupturas completas tendíneas, instabilidades graves e artrose avançada costumam exigir outras abordagens, inclusive cirúrgicas.
Mecanismo de ação
As plaquetas liberam fatores de crescimento que atraem células de reparo, estimulando a produção de colágeno e modulando mediadores inflamatórios.
O PRP funciona como um reforço biológico que reorganiza o microambiente da lesão, favorecendo a maturação do tecido cicatricial e, em articulações, melhorando sintomas por efeito anti-inflamatório local.
Benefícios práticos para o paciente
- Minimamente invasivo, sem internação.
- Biocompatível, por usar sangue do próprio paciente.
- Analgesia e ganho funcional em tendinopatias e artrose leve a moderada.
- Recuperação mais rápida quando combinado à reabilitação bem conduzida.
- Redução do uso contínuo de anti-inflamatórios em muitos casos.
Limitações e pontos de atenção
- Variabilidade de resposta conforme a idade, carga mecânica, tempo de lesão e técnica de preparo.
- Pode exigir múltiplas sessões para atingir o efeito desejado.
- Não substitui a cirurgia quando há ruptura completa ou deformidades estruturais importantes.
- Protocolos diferentes de preparo geram produtos com perfis distintos, o que influencia o resultado.
Riscos, efeitos adversos e segurança
Entre alguns dos efeitos adversos, destacamos:
- Dor leve, rigidez e inchaço transitório por 24 a 72 horas.
- Hematomas e irritação local.
- Infecção é rara quando se respeita a técnica.
- Reações alérgicas são improváveis, já que o material é autólogo.
Quem deve adiar ou evitar
- Infecção ativa no local de aplicação.
- Transtornos de coagulação sem controle.
- Uso recente de anticoagulantes que não possam ser ajustados.
- Neoplasias em avaliação, decisão caso a caso.
- Gravidez, decisão individualizada com o obstetra.
Como se preparar para a sessão
- Evite anti-inflamatórios não esteroidais por alguns dias antes e depois, salvo orientação diferente.
- Mantenha hidratação adequada no dia da coleta.
- Programe repouso relativo nas primeiras 24 horas.
- Combine previamente o plano de fisioterapia para potencializar o efeito do PRP.
Passo a passo do pós-procedimento
- Dor controlada com gelo local e analgésicos simples, conforme prescrição.
- Retorno a atividades leves no dia seguinte, esportes a depender da dor e da orientação.
- Revisão em 2 a 4 semanas para avaliar a resposta e planejar nova aplicação se necessário.
Se você ainda não conhece todas as aplicações do PRP na ortopedia, agende uma consulta no COE Ortopedia Goiânia e converse com nossos especialistas para entender se é indicado para o seu caso.
FAQs
PRP dói para aplicar?
O desconforto é curto e bem tolerado. Anestesia local pode ser usada. Após a infiltração, dor leve por até 72 horas é esperada.
Quantas sessões são necessárias?
Muitos casos respondem entre 1 e 3 aplicações com intervalos de 2 a 4 semanas. O plano depende do diagnóstico e da evolução clínica.
PRP substitui cirurgia?
Não em rupturas completas ou deformidades graves. O PRP na ortopedia é útil como alternativa conservadora e como adjuvante no pós-operatório.
Quando vejo resultado?
Alguns pacientes relatam melhora em poucas semanas. O pico de resposta costuma surgir entre 4 e 12 semanas, com ganho progressivo quando há reabilitação adequada.
Posso treinar após o PRP?
Atividades leves no dia seguinte, aumento gradual conforme dor e orientação. Esportes de impacto retornam com liberação do médico e do fisioterapeuta.
Há diferença entre tipos de PRP?
Diferenças de preparo mudam a concentração celular. Protocolos distintos podem gerar respostas distintas. A definição do método deve considerar o objetivo terapêutico.
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