Números clínicos estimam que as “torções” no tornozelo representem cerca de 25% das queixas ortopédicas dos brasileiros. Ainda segundo a estimativa, seriam registrados 750 casos por hora no Brasil de uma lesão capaz de comprometer drasticamente a mobilidade do paciente. Contudo, a artroscopia no tornozelo pode ser um tratamento mais ágil e menos doloroso para esses casos.
O que é a artroscopia no tornozelo?
A artroscopia no tornozelo é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite ao médico especialista em cirurgias de pé e tornozelo visualizar diferentes perspectivas da articulação lesionada. Para isso, são feitos dois pequenos cortes com menos de um centímetro de comprimento por onde é introduzida uma câmera presente no artroscópio.
Utilizada tanto para diagnosticar como para tratar lesões, a técnica já é bastante utilizada em articulações como ombro e joelho, no entanto, seu uso no pé e tornozelo tem se mostrado como uma abordagem inovadora e eficaz para um problema muito comum.
Leia também: Cirurgia de tornozelo com placa e pino
Como ocorre a entorse?
Responsáveis por impulsionar o corpo e absorver impactos corriqueiros tanto em atividades físicas como no simples ato de caminhar, tornozelo e pé são normalmente lesionados em um movimento forçado que ultrapasse o limite de resistência dos ligamentos. Esse movimento pode ocasionar ruptura parcial ou total dos ligamentos.
De natureza acidental na maioria dos casos, o problema pode estar relacionado ao uso de calçados inadequados, ao piso acidentado, à sobrecarga de peso nas articulações e outras causas. Os principais sintomas são dor, inchaço e hematomas (marcas arroxeadas na região).
Leia também: Fisioterapia Tornozelo Após Cirurgia
Quais os benefícios da artroscopia no tornozelo?
Tendo em vista a importância do pé e tornozelo na mobilidade e funcionalidade rotineira do paciente, a artroscopia no tornozelo torna-se o tratamento ideal justamente por ser menos invasivo. Quando comparada com cirurgias tradicionais, percebe-se que a artroscopia leva a uma lesão tecidual muito menor.
Com menos impacto na região lesionada, o procedimento é capaz de devolver os movimentos plenos do paciente em menor tempo. Colocando em termos práticos temos muito menos dor no pós-operatório, possibilidade de andar com mais conforto após a cirurgia, menor chance de infecção, retorno mais rápido à prática de atividades físicas e cicatriz muito pequena.