A artrose no ombro representa um desafio significativo para quem sofre com essa condição, causando dor persistente e limitação dos movimentos que impactam diretamente nas atividades diárias.
Buscar ajuda médica especializada logo nos primeiros sinais é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, evitando a progressão do desgaste articular e preservando a funcionalidade do ombro.
Especialistas recomendam que, ao perceber sintomas como dor ao movimentar o braço ou dificuldade para realizar tarefas simples, o paciente procure imediatamente um ortopedista com experiência em problemas do ombro para uma avaliação completa.
Se você foi diagnosticado com artrose no ombro, mas ainda tem dúvidas com relação ao tratamento, a equipe do COE Ortopedia preparou esse guia completo com tudo que você precisa saber1
O que é a artrose no ombro?
A artrose no ombro, também conhecida como omartrose ou osteoartrite do ombro, caracteriza-se pelo desgaste progressivo da cartilagem que reveste as extremidades dos ossos dentro da articulação.
A cartilagem é responsável pelo deslizamento suave entre as superfícies ósseas durante os movimentos, funcionando como um amortecedor natural.
Com o tempo, essa cartilagem vai se deteriorando, tornando-se mais áspera e aumentando o atrito durante a movimentação, o que causa inflamação, dor e limitação funcional.
No ombro, temos três articulações que podem ser acometidas pela artrose:
- Acromioclavicular: entre a clavícula e a escápula.
- Esternoclavicular: entre o esterno e a clavícula, próxima ao peito.
- Glenoumeral: entre o úmero (osso do braço) e a escápula.
A artrose glenoumeral é considerada a situação mais séria entre as artroses do ombro, podendo limitar significativamente a capacidade do paciente de realizar atividades simples como pentear o cabelo ou vestir roupas.
Tipos e causas da artrose
Existem diferentes tipos de artrose que podem afetar o ombro.
A osteoartrose primária é a mais comum, manifestando-se lentamente durante o envelhecimento e tendo um importante componente genético.
Esta forma de artrose acomete diversas articulações e normalmente afeta pessoas com mais de 50 anos que demandaram muito da articulação ao longo da vida.
Já a artrose secundária pode resultar de:
- Traumas (fraturas ou luxações).
- Doenças reumáticas.
- Sobrecarga repetitiva da articulação.
- Infecções prévias.
- Necrose avascular (morte do tecido ósseo).
- Roturas não tratadas dos tendões do manguito rotador.
Um tipo específico de artrose no ombro é a artropatia do manguito rotador, que se desenvolve após lesões crônicas não tratadas dos tendões responsáveis pela estabilidade e movimento do ombro.
Sintomas
Os sintomas da artrose no ombro geralmente começam de forma lenta e progridem gradualmente com o tempo, sendo os principais sinais:
- Dor ao movimentar o braço, especialmente em movimentos de elevação e rotação.
- Rigidez articular, principalmente pela manhã ou após períodos de inatividade.
- Diminuição progressiva da amplitude de movimento.
- Crepitação (estalos ou rangidos) durante os movimentos.
- Dor noturna, especialmente ao deitar sobre o lado afetado.
- Dificuldade para realizar atividades cotidianas como pentear o cabelo, vestir roupas ou alcançar objetos em lugares altos.
- Hipotrofia muscular (redução do volume muscular) no lado acometido.
Nos estágios iniciais, a dor resultante do componente inflamatório pela sinovite associada é o sintoma predominante, podendo ser confundida com outras condições como tendinopatias calcificantes ou capsulite adesiva.
Diagnóstico
O diagnóstico adequado deve ser realizado por um médico ortopedista especialista em ombro, que avaliará os sintomas, o histórico clínico e realizará um exame físico detalhado.
Os exames de imagem são fundamentais para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade da condição.
A radiografia simples é considerada o exame de primeira escolha, desde que realizada com incidências especiais que permitam visualizar adequadamente a articulação.
Esse exame é capaz de detectar o grau do desgaste articular quando presente, mostrando estreitamento do espaço articular, formação de osteófitos (bicos de papagaio) e alterações na estrutura óssea.
Em casos específicos, outros exames complementares podem ser necessários:
- Ressonância magnética: importante para avaliar o estado dos tendões e músculos adjacentes ao ombro, especialmente o manguito rotador.
- Tomografia computadorizada: útil para avaliar perdas ósseas importantes e auxiliar no planejamento pré-operatório quando há indicação de prótese.
- Exames laboratoriais: podem ajudar a descartar outras causas de dor articular, como doenças reumáticas,
Tratamento
O tratamento da artrose deve ser iniciado precocemente.
Embora ainda não existam métodos para impedir completamente a evolução da doença, há diversas opções terapêuticas que visam aliviar os sintomas, melhorar a função articular e retardar a progressão do desgaste.
Tratamento não cirúrgico
Na maioria dos casos, o tratamento inicial é conservador e inclui:
- Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e controle da inflamação.
- Fisioterapia direcionada ao ganho progressivo da amplitude de movimento e fortalecimento muscular.
- Mudanças no estilo de vida, como adaptação das atividades físicas e perda de peso quando necessário.
- Aplicação de compressas quentes ou frias.
- Infiltrações com corticosteroides, realizadas pelo médico em casos selecionados, que podem proporcionar alívio significativo da dor.
Este tratamento conservador é suficiente na grande maioria dos casos de artrose acromioclavicular, por exemplo, embora os resultados possam variar de acordo com a gravidade da condição e a resposta individual de cada paciente.
Tratamento cirúrgico
A intervenção cirúrgica é indicada quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios ou em casos de artrose avançada onde há perda irreversível da cartilagem e comprometimento significativo da qualidade de vida.
As opções cirúrgicas incluem:
- Artroscopia para limpeza articular e remoção de fragmentos soltos.
- Remoção dos calos ósseos (osteófitos) que limitam o movimento do ombro.
- Artroplastia (substituição da articulação por uma prótese artificial).
A artroplastia é considerada o procedimento mais eficaz para casos graves de artrose glenoumeral, podendo proporcionar alívio significativo da dor e melhora da função.
O tipo de prótese (parcial ou total) dependerá das características específicas de cada caso e deve ser discutido detalhadamente com o cirurgião ortopédico.
Importância do acompanhamento especializado
Para obter os melhores resultados no tratamento da artrose no ombro, é primordial buscar uma clínica ortopédica especializada, com profissionais experientes em problemas do ombro.
O ortopedista especialista possui conhecimento aprofundado sobre a anatomia e biomecânica dessa complexa articulação, o que permite:
- Diagnóstico preciso e precoce.
- Indicação do tratamento mais adequado para cada caso.
- Acompanhamento da evolução e ajustes no plano terapêutico quando necessário.
- Orientação sobre prevenção de novas lesões e manutenção da saúde articular.
Conclusão
A artrose no ombro é uma condição que afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, mas um diagnóstico precoce e um tratamento adequado podem minimizar seus efeitos e preservar a funcionalidade articular.
Embora seja mais rara que a artrose do quadril, joelhos e coluna, sua incidência vem aumentando com o envelhecimento da população e o crescimento do número de pessoas que realizam atividades esportivas com os membros superiores.
O sucesso do tratamento depende não apenas das intervenções médicas, como também do comprometimento do paciente com o plano terapêutico proposto e do acompanhamento regular com profissionais especializados.
Portanto, aos primeiros sinais de dor e limitação de movimento no ombro, procure uma avaliação médica especializada para um diagnóstico correto e um tratamento direcionado às suas necessidades específicas.
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