A medicina regenerativa no ombro e cotovelo usa recursos biológicos do próprio corpo para reduzir a dor, favorecer a cicatrização e recuperar a função.
O foco é tratar tendões, cartilagem e estruturas ao redor, com mínima invasão e retorno gradual das atividades.
Como funciona e o que usamos
Os protocolos combinam avaliação clínica, imagem e infiltrações guiadas. Entre as opções, quatro abordagens se destacam pelo uso seguro e direcionado.
- PRP (plasma rico em plaquetas): concentra fatores de crescimento obtidos do sangue do paciente. A meta é modular a inflamação e estimular o reparo de tendões e tecidos moles.
- Ácido hialurônico: melhora a lubrificação articular, reduz o atrito e contribui para alívio de dor em quadros degenerativos leves a moderados.
- BMA (bioestimuladores de matriz autóloga, a partir do aspirado de medula óssea): leva células e moléculas sinalizadoras ao local da lesão. Favorece a cicatrização e a organização do tecido. Costuma ser indicado em situações selecionadas de cartilagem e tendões.
- Células-tronco mesenquimais: Têm potencial de se transformar em cartilagem, osso e tendão. Também modulam a inflamação e liberam fatores que orientam a regeneração. A indicação pede critérios claros e acompanhamento próximo.
Ombro: quem se beneficia
- Lesões do manguito rotador parciais, dor ao elevar o braço e perda de força.
- Tendinite e tendinose do supraespinal, com sobrecarga repetitiva no trabalho ou esporte.
- Tendinite calcária, dor noturna e limitação de mobilidade.
- Bursite subacromial, dor aos movimentos acima da cabeça.
- Artrose glenoumeral leve a moderada, rigidez e crepitação.
Cotovelo: principais indicações
- Epicondilite lateral, o chamado cotovelo de tenista, com dor na face externa.
- Epicondilite medial, dor na face interna em pegada e flexão do punho.
- Tendinopatia do tríceps ou do bíceps distal, dor em empurrar ou puxar.
- Artrose do cotovelo, rigidez progressiva e dor aos esforços.
Medicina regenerativa no ombro e cotovelo: quando indicar
Boa resposta ocorre quando há dor persistente apesar de analgesia, fisioterapia bem conduzida e ajustes de carga.
Casos leves e moderados tendem a evoluir melhor, especialmente sem instabilidade mecânica relevante.
Em atletas e trabalhadores manuais, a medicina regenerativa no ombro e cotovelo ajuda a controlar os sintomas e manter o desempenho, com planejamento individual do retorno.
Passo a passo do tratamento
- Avaliação: histórico, exame físico direcionado e exames de imagem para mapear tendões, bursa e cartilagem.
- Planejamento: escolha entre PRP, ácido hialurônico, BMA, células-tronco ou combinações, sempre com guia por imagem quando indicado.
- Procedimento: coleta do material autólogo quando necessário, preparo estéril e aplicação no ponto-alvo, com orientação pós-procedimento.
- Reabilitação: protocolo de mobilidade, fortalecimento progressivo e educação de carga.
- Reavaliação: monitoramento de dor, função e retorno às atividades, com ajustes conforme resposta.
O que esperar de resultados e prazos
O alívio de dor costuma surgir entre 2 e 6 semanas para PRP e ácido hialurônico, com ganhos funcionais ao longo de 3 meses.
Para BMA, a janela pode ser mais longa, já que a meta é estimular o reparo em tecidos com baixa vascularização.
Em cirurgias do manguito rotador, a associação de estratégias biológicas pode reduzir a necessidade de reoperação em perfis específicos.
Para infiltrações isoladas, a meta principal é diminuir a dor, otimizar a função e adiar procedimentos mais invasivos quando possível.
Segurança, efeitos e contraindicações
- Efeitos esperados: dor leve no local, sensação de peso por 24 a 72 horas, pequeno edema.
- Sinais de alerta: febre persistente, vermelhidão intensa ou dor que piora a cada dia.
- Contraindicações: infecção ativa, distúrbios graves de coagulação, uso recente de anti-inflamatório em protocolos de PRP, avaliação individual em gestantes.
- Cuidados: gelo intermitente nas primeiras 24 horas, evitar esforço máximo na primeira semana, retomar progressivamente conforme orientação.
Reabilitação que potencializa resultados
- Mobilidade guiada: pendulares, alongamentos suaves e controle escapular no ombro, flexoextensão suave no cotovelo.
- Fortalecimento progressivo: manguito, deltoide e estabilizadores da escápula, extensores e flexores do punho e antebraço.
- Higiene de carga: fracionar treinos, pausar tarefas repetitivas, atenção à ergonomia.
- Rotina de manutenção: exercícios de baixa carga e alta frequência, foco em qualidade do movimento.
Para saber mais detalhes sobre a medicina regenerativa no ombro e cotovelo, agende uma consulta no COE Ortopedia Goiânia e converse com nossos especialistas.
FAQs
Medicina regenerativa no ombro e cotovelo dói para aplicar?
O desconforto é leve e curto. Usa-se anestesia local quando indicado. Pequena dor no local é esperada por 24 a 72 horas.
PRP, ácido hialurônico ou BMA, como escolher?
Depende do diagnóstico e do objetivo. PRP atua em tendões e tecidos moles, ácido hialurônico melhora a mecânica articular, BMA apoia casos selecionados de cartilagem e lesões tendíneas específicas.
A medicina regenerativa no ombro e cotovelo substitui a cirurgia?
Não em todos os cenários. Em muitos casos ajuda a controlar sintomas e ganhar função. Em roturas extensas ou artrose avançada, a cirurgia pode ser necessária.
Quanto tempo levo para voltar ao esporte?
Atividades leves retornam em dias, treinamento pleno volta de forma progressiva em semanas. O prazo final varia por lesão e resposta individual.
Posso usar anti-inflamatório depois do PRP?
Evite anti-inflamatório nas primeiras semanas quando o protocolo exigir, pois pode interferir nos sinais biológicos. Use analgésicos simples se necessário, conforme orientação.
Quais riscos existem nas infiltrações guiadas?
Eventos graves são raros. O risco mais comum é dor transitória. Infecção e sangramento são incomuns quando se seguem boas práticas.
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