Pé torto congênito: entenda melhor essa condição

Pé torto congênito

Você já ouviu falar da condição do pé torto congênito? O fato é que muitos pais apenas passam a ter noção disso ao descobrirem que o seu bebê nasceu com isso.

Mas o que exatamente é o pé torto? É uma condição que vai perdurar para o resto da vida ou existe algum tratamento?

A verdade é que o torto é um tipo de doença capaz de atingir uma grande parte da população, haja vista que está presente em 0,1% dos nascidos vivos.

Então, se você quer entender melhor sobre essa condição, bem como os possíveis tratamentos, é só continuar nesse artigo.

O que é pé torto congênito?

Em suma, o pé torto congênito, também chamado de “pé torto para dentro”, nada mais é que um tipo de má formação.

Nesse caso, o bebê nasce com um ou os dois pés virados para dentro, o que pode afetar a sua qualidade de vida.

Inclusive, cerca de 50% dos casos o bebê tem os dois pés virados para dentro, o que pode tornar a situação um pouco mais grave.

No entanto, através de exames de imagem, é possível identificar esse problema logo durante a gestação, através do ultrassom.

Se esse for o caso, o ortopedista pediátrico pode começar a cogitar os possíveis tratamentos, ainda que a confirmação do pé torto só ocorra após o nascimento.

Porém, é possível corrigir sim o pé torto, mas desde que o tratamento seja de acordo com o que o pediatra e ortopedista indicar.

O tratamento do pé torto pode variar de acordo com o caso em específico, mas o método de Ponseti é o mais adequado, na maior parte das vezes.

Mas, a depender de todo o contexto, o médico pode sim indicar a cirurgia como uma forma de tratar o problema.

Como identificar o pé torto congênito?

O médico consegue identificar o pé torto logo durante a gestação, através da ultrassonografia, onde é possível ver a alteração na posição dos pés.

Contudo, só é possível ter a certeza do diagnóstico depois do nascimento, onde se faz um exame físico. Nesse caso, o exame de imagem não é necessário.

No exame físico, o médico precisa observar os seguintes pontos:

  • Pés que se voltam para baixo;
  • Parte posterior da perna mais fina;
  • Parte da frente dos pés que se voltam para dentro;
  • Pés menores que o habitual para a idade.

Logo após a confirmação do pé torto, o médico deve indicar outros exames, tendo o objetivo de averiguar qual é a causa.

O tratamento é feito de acordo com a causa do problema e, por isso, deve-se fazer uma profunda análise para descobrir a origem do problema.

Quais são as causas do pé torto congênito?

Na verdade, os ossos do pé podem ficar tortos por uma série de fatores, até onde se sabe. No entanto, a teoria mais aceita é de que se trata de uma condição genética.

Então, ao longo da gestação do bebê, há uma ativação de genes que são responsáveis por ocasionar esse tipo de deformidade.

Fora isso, outra teoria aceita é que o pé torto pode estar ligado às células que têm capacidade de contrair e estimular o crescimento dos pés.

Nesse caso, o que se entende é que, ao contrair, acaba que o direcionamento ocorre para dentro, originando a má formação. Outras possíveis causas para essa condição, são:

  • Alteração neuromuscular;
  • Alteração postural;
  • Alteração genética.

E, por mais que haja muita teoria a respeito do pé torto, é vital iniciar o tratamento o quanto antes, a fim de garantir a melhor qualidade de vida da criança.

Qual é o tratamento para o pé torto congênito?

pé torto congênito
Pé torto congênito

Primeiro, é realizado uma avaliação do caso, de forma individual. Afinal de contas, o médico deve optar por um tratamento que se adeque ao paciente.

Além disso, há uma contraversão em relação a quando iniciar o tratamento. Alguns afirmam que deve ser feito logo após o nascimento.

No entanto, há profissionais que defendem o tratamento apenas para quando o bebê completar 9 meses ou quando tiver 80 cm de altura.

Mas, independente disso, o tratamento pode ser feito por meio de manipulações (conservador) ou através da cirurgia, varia de acordo com o caso.

Tratamento conservador

O tratamento conservador consiste no método de Ponseti, que nada mais é do que a manipulação das pernas da criança pelo médico.

Nesse caso, ainda é necessário colocar gesso a cada semana, por cerca de 5 meses, a fim de fazer o alinhamento correto dos ossos dos tendões e do pé.

Mas, depois desse período, a criança ainda deve fazer uso da órtese de abdução, também chamada de botas ortopédicas.

O ideal é que, nos primeiros três meses, a criança utilize a bota praticamente 24 horas por dia, tirando apenas para tomar banho.

Mas, depois desse período, o médico tende a indicar o uso por 14 horas por dia, até os 3 ou 4 anos de idade.

Ao seguir esse método da forma correta, a criança pode sim conseguir voltar a andar e se desenvolver normalmente.

Entretanto, caso o método de Ponseti não seja eficaz, o médico pode começar a cogitar a cirurgia, a qual deve ser feita antes da criança completar 1 ano de idade.

Cirurgia para pé torto congênito

Para a cirurgia de pé torto, o médico deve colocar os pés na posição correta e, então, deve fazer o alongamento do tendão de Aquiles.

No entanto, ainda que seja um tratamento eficaz e melhore a aparência do pé torto da criança, pode ocorrer de, a longo prazo, o paciente perder força nos músculos dos pés e pernas.

Então, à medida que o tempo passa, a criança pode começar a sentir dores e os pés começarem a ficar rígidos.

Sendo assim, a fisioterapia para pé torto deve ser uma grande aliada, uma vez que é capaz de ajudar a fortalecer os músculos das pernas.

Através das sessões, a criança aprende a apoiar os pés da forma correta. A fisioterapia consiste em manipulação, alongamento e bandagens, a fim de ajudar a posicionar os pés no local correto.

Perguntas frequentes sobre pé torto congênito

Como essa é uma situação que ainda gera muitas dúvidas, abaixo selecionamos algumas das mais comuns.

E se eu descobri muito tarde?

Por mais que se tenha descoberto o pé torto tarde, deve-se fazer o tratamento com gesso, a princípio.

No entanto, é bem provável que seja necessário um número maior de intervenção cirúrgica, uma vez que quanto maior o tempo com pé torto, mais difícil é a correção.

A deformidade pode voltar?

Sim, pode. No entanto, isso está relacionado com a falha no uso da órtese. Se esse for o caso, o médico pode novamente fazer as trocas de gesso.

No entanto, há vezes em que isso vai requerer um procedimento mais agressivo para o tratamento.

Existe alguma sequela?

Mesmo após o tratamento, o aspecto visual não vai ficar como os outros. A perna sempre fica mais fina, e o pé um pouco menor.

No entanto, é um pé normal o suficiente para que se tenha uma vida normal.

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